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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A REVOLUÇÃO DE 1932 EM POUSO ALEGRE


A Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Revolução de 32, foi um movimento armado ocorrido entre julho e outubro do referido ano, devido à insatisfação dos paulistas em relação ao Governo que havia tomado o poder depois da derrota nas eleições de 1930. Tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Com a notícia da entrada das forças paulistas no Sul de Minas, tropas legalistas começavam a se concentrar em Pouso Alegre para deter a investida. Nos dias 18 e 19 de julho de 1932, era grande a concentração de soldados do exército em Pouso Alegre. Os revolucionários paulistas haviam chegado até Borda da Mata, o que levou os soldados legalistas a cavarem trincheiras nos bairros da Vendinha (hoje, Bairro São João), das Cruzes (proximidades de onde hoje é a Prefeitura) e Aterrado (São Geraldo), além de colocarem canhões e metralhadoras em posição conveniente.

Às 3 horas da tarde do dia 20, começavam a ser ouvidos os primeiros tiros para os lados da Vendinha. Bem entrincheirados, os legalistas vindos de São João Del Rei e de Ipameri, despejaram fogo de fuzilaria e metralhadoras sobre os soldados paulistas, enquanto o 8º RAM (Regimento de Artilharia Montada) de Pouso Alegre, comandado pelo Capitão Toscano de Brito, bombardeava os revolucionários de espaço a espaço.

O combate prolongou-se por toda a noite, até as 10 horas da manhã seguinte de 21 de julho, com a rendição dos soldados revolucionários que não conseguiram escapar. Foram recolhidos no campo de luta 11 cadáveres de paulistas e 22 feridos, sabendo-se que para Borda da Mata tinham ido outros feridos e o cadáver do organizador do batalhão, Fernão Sales. Os soldados legalistas tiveram apenas um morto.

Todos os feridos paulistas partiram depois para Caxambu e dali para o Rio de Janeiro. Quanto aos mortos, foram sepultados na manhã de 22, depois que Dom Octávio Chagas de Miranda, bispo de Pouso Alegre, fez a encomenda de todos eles – do primeiro na Catedral e dos últimos junto ao necrotério do Hospital Regional.

Como não se sabiam os nomes dos mortos paulistas, o prefeito João Beraldo mandou tirar fotografias de todos eles e numerá-las em correspondência com as sepulturas. Todos tiveram modestos caixões, feitos por conta da Prefeitura. E sobre os 11 caixões estendidos no jardim do Hospital Regional, as senhoras pouso-alegrenses depositaram flores, representando as famílias ausentes.

Fonte: Acervo do Museu Histórico Municipal Tuany Toledo

6 comentários:

  1. Parabéns ao Sr. Alexandre Araújo,pelo museu que tive o grande prazer de conhecer dia 24-4-2013 nesta linda cidade de Pouso Alegre MG.
    São páginas de ouro em nossa história que o nobre Sr.Alexandre escreveu.
    Fraterno Abraço ao Povo de Minas Gerais em especial ao povo de Pouso Alegre
    Jose Maria A. Paiva- Veterano Paraquedista Militar

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  2. Meu Avo serviu, tenho fotos e até uma carteira do 8º R.A.M POUSO ALEGRE

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  3. Qual era o nome do soldado legalista morto no combate?

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  4. Nossa cidade é cheia de história, gosto de perguntar sobre essa batalha as pessoas mais velhas é uma terapia.

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  5. Nossa cidade é cheia de história, gosto de perguntar sobre essa batalha as pessoas mais velhas é uma terapia.

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  6. Nossa cidade é cheia de história, gosto de perguntar sobre essa batalha as pessoas mais velhas é uma terapia.

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