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quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Página da tesoura (Kiko)

Pouso Alegre costuma ser palco de cenas engraçadas. Ainda recentemente, para completar uma das novelas que aqui se faz, resolveram soltar, à noite dentro do Mercado Municipal, um CÃO enorme, que, além de ficar misturando com os gêneros, verduras e legumes dos mercadores, serve para passar susto nos transeuntes que por ali transitam, após às dezoito horas.

Agora está fechada a roda: cães ladrando nos quintais, cães soltos pelas ruas e dentro do Mercado Municipal, numa doida justificativa de que lá no prédio a Av. Duque de Caxias o animal ser e dês-serve ao povo, e nos outros locais “os amigos n. 1 dos homens” servem para praticar cenas imorais e infestar a cidade com presenças sempre ameaçadoras...

Enfim, como já resolveram apelidar tudo neste mundo, inclusive as próprias palavras; assim como a planta parasita é amiga das árvores, o cão sempre serviu-se do homem, para sua própria proteção, passou a ser apelidado de amigo do homem.

Resta agora, somente, que os poderes públicos cogitem, o mais depressa possível, de votar uma lei dando, consequentemente, apelido ao cão de “amigo do homem e sentinela do próprio municipal”...

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Ainda recentemente esteve na cidade um dos maiorais da política e, como sempre, colocou esta terra em estado pavoroso... com mais uma dezena de promessas mirabolantes.

O elemento da grande profissão, rendosa, prometeu mundos e fundos: reformar a cadeia publica, reformar o Fórum, que está pondo em perigo o que ali desenvolvem atividades, construir a ponte do Rio Intaim, etc. e tal!!!

O mais interessante é que para sugestionar ainda mais o povo, trouxe o político suntuoso em sua companhia, um engenheiro, para provar que iria atacar de fato as obras. Tanto o político como o engenheiro, apresentaram-se como pessoas amáveis, polidas... (Também pudera, para se fazer carreira, a condição é aquela mesma: Finura e... NADA MAIS)...

 E o povo que está acostumado a esperar, num eterno “a ver navios”... que vá deixando em perigo as suas vidas, por um possível desabamento do prédio do Fórum, que vá se acostumando a ver os nossos infelizes presos numa cadeia semelhante a uma pocilga, e para completar a história, que os moradores do Bairro do Itaim e alguém que por lá passar, que vá atravessando o rio nas pinguelas...

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E agora uma história alegre, divertida, digna de elogios.

Vamos a ela. Por ser muito engraçada, convém o leitor colocar óculos para ouvi-la com maior clareza. Trata-se do seguinte: os nossos bares, estão assim constituídos: chicaras desbeiçadas, paredes imundas, embriagados dizendo a três por quatro, palavras de baixo calão, cães (sempre os cães) dormindo nos seus interiores...

Ah! Faltava o eterno complemento: as chamadas creaturas “serrotes” sempre “enchendo” aqueles que procuram isolar-se em torno de uma mesa, a fim de tomar um refrigerante acompanhado, e logo vem os “serradores” beliscarem (descaradamente) tudo que se achar exposto na mesa.

Alegres e sorridentes, após “encherem” aqueles que às vezes nem tiveram tempo de aprender a bebida ou o comestível, lá se vão eles, de fininho, à La francesa, como beija-flores de rabo branco, fazendo agoiro em todas as mesas...
Informativo Pousoalegrense 1957
Escrito como no original

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