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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Amadeu de Queiroz


O “Informativo Pousoalegrense” abre suas colunas, neste número, para homenagear um dos mais luminosos espíritos que afloraram nestas plagas- o literato Amadeu de Queiroz.
Em sua longa e grandiosa peregrinação pela terra, Amadeu de Queiroz foi um devotado as letras, devotamento que lhe garantiu um lugar na galeria dos grandes brasileiros. Mercê de sua cultura, de sua dignidade no cultivo das belas letras e de seu grande caráter, galgou elevados degraus no concerto dos homens cultos. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e pertenceu à Academia Paulista de Letras. Em ambas as instituições pauliceias, o “pobre mineiro de Pouso Alegre” era acatado como um luminar.
Ligado à nossa terra pelo nascimento e pela estima, Amadeu de Queiroz circundou de gloria o nome de Pouso Alegre, que lhe rende, por nosso intermédio, um preito reconhecimento imorredouro.
Dos maravilhosos traços de sua personalidade, desejamos sobrelevar sua dedicação e amizade aos moços, aos quais compete retribuir-lhe, seguindo suas pegadas. A mocidade

pousoalegrense, estudiosa e cheia de generosidade deve prestar à memória do imortal conterrâneo a mais agradável homenagem – imitar sua vida. Para conhecer alguns dos princípios que nortearam a existência de Amadeu de Queiroz, citemos suas próprias palavras, verdadeiro auto-retrato do famoso escritor: 
"Eu trabalhei sempre, honestamente, simplesmente, necessariamente, como as águas correm, e como chove e amanhece e faz calor ou frio. De mim ficou uma lição de trabalho, e um modelo de perseverança. Vivo, fui modelo para os jovens, agora sou um mandamento. Nada mais obstará que minha voz continue como a voz dos ventos e dos mares. Sou livre como os elementos, como os elementos, infatigável. Como eles sou eterno”.

Extraído do Informativo Pousoalegrense, Maio de 1957, p. 4-5
Escrito como no original

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